Cada vez mais referências, notícias, livros e cursos indicam que o Coaching é uma atividade cada vez mais comum.

Há quem lhe chame um fenómeno da moda, há quem lhe atribua efeitos mágicos, há quem o utilize no desporto, nos negócios, nas relações românticas, na espiritualidade, na perda de peso, para alterar hábitos… E há quem faça do coaching um bicho de sete cabeças.

Afinal, o que é o Coaching?

Hoje, muito mais do que procurar descrições consensuais, vou escrever sobre o que da minha experiência é o Coaching.

Para mim, Coaching é, antes de mais, um PROCESSO! Como qualquer processo merecer ter um ponto de partida e um ponto de chegada. Em Coaching chamam-se muitas vezes a estes pontos: A e B.

A: Onde está?
B: Para onde quer ir?

Para muitos “coachees” (clientes ou pessoas que usufruem da ajuda de um coach) definir com clareza o ponto A é surpreendente, determinar o ponto B é …mágico!

Saber onde estamos é como tirar uma fotografia altamente detalhada à nossa vida. Uma daquelas fotos com tanta definição que podemos fazer zoom muitas vezes mantendo a qualidade da imagem. Pode ser um fenómeno fascinante mergulharmos na nossa própria vida a partir de um ponto de vista emocionalmente neutro. A ajuda do coach pode ser fundamental neste processo.

Saber para onde queremos ir é como retirar da nossa face uns velhos óculos com graduação desadequada, sujos e embaciados.

É trazer clareza ao nosso dia-a-dia e às nossas escolhas. Definir objetivos é uma competência de valor inigualável a que muitas pessoas fogem (por desconhecimento, por receio ou simplesmente por falta de disciplina). Quando o ponto B se torna conhecido, a MAGIA pode começar a acontecer, pois torna-se possível alinhar o comportamento com os resultados esperados. Novamente, o coach ou um bom método (como SPIDER, que descrevo com pormenor no livro “SPIDER – Como Definir Objectivos Irresistíveis”) podem ser essenciais.

Depois, Coaching é CONGRUÊNCIA! O Coach procura alinhar o comportamento do coachee com aquilo que ele quer, alinhar comunicação verbal e não verbal, eliminar desintegração de partes e dissonâncias cognitivas, suavizar dilemas.

E, finalmente… coaching é FLEXIBILIDADE! Partir de modelos fechados, sessões padronizadas, perguntas preparadas, guiões… é coaching de fraca eficiência. Um coach principiante pode utilizar estes métodos, desde que tenha consciência de que está a estudar e preparar-se para mais tarde os deixar.

Se o coach se sente inseguro ou pouco confiante em relação à sua capacidade de SER coach sem estas ferramentas de apoio padronizadas, então há que trabalhar na gestão do seu próprio estado e da construção de uma poderosa ligação de confiança com o seu inconsciente…

Acredito nos mais altos padrões de Coaching conforme definidos por pessoas como John Grinder (co-fundador da Programação Neuro Linguística). Observo diariamente muitas outras “formas” de Coaching que talvez pudessem ser chamadas de mentoring, consultoria, terapia ou ajuda.

Para ser sincero, quando estou perante alguém que consigo ajudar através de um processo de Coaching, preocupo-me muito pouco com as questões atrás descritas. E nem sempre lhe chamo Coaching. Às vezes chamo-lhe apenas “disponibilização dos meus recursos pessoais ao serviço de outros”. E fico contente com esta descrição.

Entre na aventura de uma vida! 🙂

Pedro Vieira, CEO e Master Trainer LIFE Training